sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Legião Urbana e TDAH - Bom Demais!



O TDAH representado pela letra de uma música do Legião Urbana.
Muito bom, vejam o vídeo até o final.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Por que existe Bullying? Será que existe Bullying?

* O texto atual foi escrito apenas algumas horas antes da matéria ir ao ar no RJ TV na data de hoje, mas a matéria ilustra perfeitamente o assunto.
   
   Disseram- me outro dia que antigamente todo mundo "zoava" todo mundo e mesmo assim as crianças cresciam saudáveis , que essa coisa de bullying veio agora, que antes não se ouvia falar sobre isso. Na ocasião não soube bem o que dizer, o que significa que a questão passou e repassou pela minha mente inúmeras vezes até que encontrei uma justificativa plausível. 
Parando para pensar no que difere entre a atualidade e épocas mais antigas que pudesse ter influência mais direta no caso de bullying, só pude pensar em uma coisa: a ditadura do padrão de beleza.
   É bem verdade que há um bom tempo atrás os padrões de beleza não eram tão rígidos, sim, crianças, adolescentes e até mesmo adultos chamavam uns aos outros de "narigudos", "gordinhos", "magrelos", etc. sem que isso tivesse maiores consequências, mas também os alvos de tais "ofensas" não o viam dessa forma pois não havia quem colasse a situação desta maneira. Atualmente vivemos uma realidade onde explodiu um surto de bullying, bulimia, anorexia e tantos outros problemas relacionados a auto- imagem e a mídia coloca o problema de frente, mas precisamos problematizar que é esta mesma mídia que se coloca na questão como origem do problema. 
   Então a proposta é a seguinte: Coloquemos como especial o que hoje é visto como feio, como imperfeito ou qualquer outro adjetivo de cunho pejorativo, pois isto é o que define nossa singularidade.

Até o próximo post.  

Sobre o medo de avião



*TEXTO ESCRITO EM 04 DE NOVEMBRO DE 2012

   Recentemente vivi uma experiência emocionante, fiz uma viagem de avião pela primeira vez. Muitos me perguntaram se estava ansiosa e com medo e sempre respondia com sinceridade, muita ansiedade, mas nem tanto medo. Chegou então o grande dia e pude observar as respostas do meu corpo, frio na barriga na subida, leve receio durante as turbulências e uma horrível sensação de que meus tímpanos iam explodir na descida. Tudo valeu a pena, cada segundo, cada percurso, cada sensação e cada momento.
   Após passado este período, as seguintes perguntas vieram a minha cabeça: O que fazem as pessoas com fobia específica ou medo de avião? Será que elas não viajariam?
A resposta eu já sabia, nem sei porque tais perguntas permearam minha mente. É claro que elas não iriam , o medo as paralisariam impedindo- as de vivenciar tal experiência, causando- lhes sintomas semelhantes à síndrome do pânico, ou seja, os sintomas que relatei sentir se acentuariam de forma a se tornarem insuportáveis. Por este motivo resolvi fazer um apelo para que, não só os fóbicos, mas os portadores de quaisquer transtornos psicológicos que possam prejudicar seu funcionamento pessoal e/ou social, procurem ajuda profissional. 
Como saber se é o seu caso?
Pergunte a si mesmo se está passando por algum tipo de sofrimento gerado por algum sintoma, mas para maiores esclarecimentos procure ajuda profissional.

   

domingo, 28 de outubro de 2012

RiosTOC

   É com imenso prazer que faço essa divulgação hoje no meu blog.

Como disse no último post, hoje estarei fazendo mais uma publicação de assuntos pertinentes a Jornada de Terapia Cognitivo Comportamental do UCL cujo tema das palestras da manhã foi o TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo. Hoje, com especial carinho, vou estar deixando para os interessados os contatos e o endereço de um local destinado a apoiar familiares e pacientes com TOC, a RiosToc.

"RIOSTOC é um grupo aberto, de ajuda voluntária, isento de qualquer religião ou partido político, que se propõe a melhorar a qualidade de vida dos pacientes que 
apresentam Transtorno Obsessivo Compulsivo 
Síndrome de Tourette." 

Tomando como ponto de partida a frase principal do site, " A informação é a maior proteção.", estarei divulgando mais informações no decorrer da semana sobre dúvidas e curiosidades sobre o transtorno, mas para começar a tirar algumas dúvidas, podem começar pelo site da RiosTOC: 
www.riostoc.org.br

Reuniões no último sábado de cada mês, de 14 às 16 horas.
Local: CENTRO MÉDICO 125
Rua Deputado Soares Filho,125 Tijuca
(Próximo à estação do Metrô da Pça Saens Penha)

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

I Jornada de Terapia Cognitivo Comportamental do UCL

   O que dizer de um momento que só nos acrescenta enquanto pessoa e profissional???
   Hoje passei a conhecer um pouco mais sobre o Transtorno Obsessivo Compulsivo graças a uma palestra esclarecedora, embora um pouco curta em virtude do tempo, de Marco Aurélio Mendes que com sua experiência no tratamento da patologia nos presenteou com informações valiosíssimas sobre o mesmo.













  Além da palestra sobre o modelo cognitivo comportamental no tratamento do TOC, tivemos também um exemplo do transtorno apresentado pela aluna Elisamar que é também supervisionanda do professor Marco, que pode ilustrar um pouco da teoria na prática.
   Por último e não menos importante, tivemos a participação de Assibe Selim - Diretora executiva da Riostoc (associação de familiares, amigos e pessoas com transtorno obsessivo-compulsivo) que pode nos acrescentar com sua vivência na associação em relação ao sofrimento familiar.
  

















   No final, pudemos ainda tirar nossas dúvidas em uma mesa redonda com os três participantes.
   Posteriormente estarei colocando algumas das informações que consegui no evento, bem como as informações de contato da RIOSTOC.



PARABÉNS AOS PROFISSIONAIS!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

TCI (Transtorno do Controle da Impulsividade)



Após  fazer uma postagem sobre TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), 
não vejo melhor momento para fazer uma postagem sobre o TCI, 
transtorno que muitas vezes é confundido com o TOC.
Leiam com atenção ao post e em caso de 
dúvidas deixem uma mensagem 
no blog ou procurem um 
profissional.
  
 " Se no TOC o objetivo é aliviar a tensão e se desfazer da ansiedade, no TCI a ação obedece ao princípio do prazer, a pessoa reconhece os impulsos como seus e se lança a realizar o ato porque vai sentir prazer."

   Quem nunca se pegou praticando alguma ação desnecessária, como se olhar no espelho em demasiado ou ficar arrumando o cabelo ou a roupa quando estes já se encontram impecáveis, apenas por não conseguir controlar a vontade? Sim, muitos de nós, ou todos, já fizemos isso. Pensando nisso, ao ler uma matéria sobre TCI na revista Psique Ciência e Vida, resolvi colocar aqui os sintomas que determinam o transtorno.

SINTOMAS DO TCI (DSM IV)
    A característica mais evidente do TCI é o fracasso da pessoa em resistir à tentação de praticar algum ato, seja de forma planejada ou não. Nos momentos anteriores ao ato há uma crescente sensação de excitação e durante a realização do mesmo, uma experiência de prazer, gratificação ou alívio. Após sua realização não é raro sentir- se arrependido ou culpado, embora tais sentimentos possam não ocorrer.

"...todo comportamento normal pode
deslizar para um comportamento compulsivo, 
porém nenhum comportamento compulsivo é normal..."

   Ao contrário do TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), onde o comportamento realizado é gerado por uma questão obsessiva, intrusiva que é questionável pela pessoa, mesmo que não controlável, ou seja, egodistônico (aquilo que não é da pessoa, vem de fora), no TCI a ação obedece ao princípio do prazer, onde a pessoa não questiona os impulsos, assumindo- os como seus, uma questão egosintônica, o que leva essa pessoa a criar explicações para seus pensamentos ou comportamentos, mesmo que não sendo estes adaptativos ao meio.

OBS: Em busca ao texto original é possível discorrer sobre os diferentes tipos de compulsão como a compulsão sexual, por roubar, por compras, etc.


Fonte: Psique Ciência e Vida
Ano VI nº82
   

Novidades sobre o TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo)

  Este post é em especial para aqueles que sofrem ou conhecem alguém que sofre com o Transtorno Obsessivo Compulsivo, com esta matéria em mente, procurem maiores informações com os respectivos profissionais.
 
Transtorno Obsessivo Compulsivo  
  Pesquisadores canadenses estão criando um novo tipo de tratamento para as pessoas que sofrem com comportamento obsessivo- compulsivo. Nele os pacientes eram expostos repetidamente às fontes de seus piores medos até o nível de sua ansiedade diminuir, provocando uma queda de suas reações recorrentes de checagem. Levando em conta o grande número de evasões, os cientistas do Departamento de Psicologia da Concordia University resolveram criar um tratamento alternativo com uma abordagem bastante diferente. Baseados em uma pesquisa que apontava a causa do comportamento compulsivo como uma percepção inflada de responsabilidade sobre o ambiente, e eles resolveram mudar a forma do paciente pensar, em vez de focar em seus atos. O tratamento consiste em, essencialmente, restaurar a confiança do paciente na própria memória, o que leva à diminuição da sensação de culpa e dúvida e à normalização o senso de responsabilidade inflada. O objetivo final é a melhora da autopercepção do paciente e de sua relação com o entorno.

Revista Psique Ciência e Vida
Fonte: psychcentral.com

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Síndrome do pânico


O poder da fala

Muito se fala sobre o assunto, mas quantas vezes damos a atenção necessária? Eu diria que poucas vezes até que os sintomas se tornem insuportáveis e ocorra a percepção de que se trata de sintomas desencadeados psicologicamente. O importante é falar, desabafar e caso não tenha alguém com quem por em prática, procure um Psicólogo, teremos prazer em ajudar.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Depressão: Aliado contra os sintomas



Em leitura a revista Psique  Ciência e Vida encontrei uma pequena matéria que trata de um assunto que muito interessará às mulheres, com atenção especial a algumas amigas pessoais nas quais pensei automaticamente ao ler a mesma.
Segue:

"Os benefícios e malefícios do café ainda são muito discutidos, mas o fato é que esta bebida tão tradicional tem se mostrado uma forte aliada na luta contra diversos problemas e sintomas. Pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, observaram que o café ajuda a diminuir, significativamente, o risco de depressão em mulheres. Foram analisadas 50.739 mulheres, num período de dez anos. Pode- se perceber que as mulheres que consumiam dois ou mais cafés por dia tinham menor risco de desenvolver depressão. Dentre as mulheres analisadas, 2.607 apresentaram quadro depressivo, mostrando que o risco diminui à medida que as doses diárias de café aumentavam. As mulheres que consumiam de 2 a 3 "doses" da bebida tinham probabilidade 15% menor de desenvolver esse quadro, enquanto as que consumiam de 3 a 5 "doses" tiveram um risco 20% menor. Essa porcentagem é baseada na comparação com aquelas que tomavam uma "dose" ou menos por semana."

Mais informações

Boa noite!
Inicialmente, ao criar este blog, tive por objetivo, além de divulgar meu trabalho, utilizar este espaço para esclarecer dúvidas frequentes sobre assuntos relacionados à psicologia. Todavia, tenho pecado ao colocar apenas posts esporádicos.
Pensando nisso, estive pesquisando em revistas e livros científicos alguns assuntos que possam ser aqui destrinchados com uma linguagem simples, de forma que o visitante do blog sinta- se confortável com a leitura do mesmo.
Logo, nos próximos dias estarei fazendo novos posts, de forma a manter ativo este instrumento de esclarecimento Psi.
Um abraço a todos e até o próximo post.

Atendimento Psicoterápico

Psicóloga Ellen Moraes
CRP 05/42764
Atendimento Psicoterápico Infantil

Contato: 7502-4033
psimoraes@globo.com

A coisa é séria, Procure um Fonoaudiólogo






Gente a coisa é séria, gagueira não é brincadeira.
Caso você tenha ou conheça alguém que tenha gagueira, procure a ajuda de um especialista.
Para maiores informações procure a ajuda de um Fonoaudiólogo.


sábado, 20 de outubro de 2012

I Jornada de Terapia Cognitivo-Comportamental do Centro Universitário Celso Lisboa (UCL)

Finalmente chegou à Celso Lisboa um evento sobre Terapia Cognitivo Comportamental, com divulgação do meu querido e eterno professor e supervisor Marco Aurélio Mendes (Psicólogo, Mestre em Clínica Médica pela UFRJ, Terapeuta cognitivo-comportamental. Professor do UCL) e nada mais justo do que ajudar nesta divulgação. Segue abaixo a programação. Participem!!!


Dia 26/10 (sexta)

Programa :

Manhã (9:15 às 11:00 hs)
9:15 – Abertura

9:30 – Palestra: Modelo Cognitivo-Comportamental do Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
Marco Aurélio Mendes – Psicólogo, Mestre em Clínica Médica pela UFRJ, Terapeuta cognitivo-comportamental. Professor do UCL

10:00 – Breve discussão de caso clínico.
Elisamar de Souza Oliveira – graduanda psicologia UCL

10:15 – A conscientização e o papel de familiares e amigos no tratamento do TOC
Assibe Selim - Diretora executiva da Riostoc (associação de familiares, amigos e pessoas com transtorno obsessivo-compulsivo)

Noite (19:15 às 21 hs)

19:15 – Abertura

19:30 – Modelo cognitivo-comportamental do Transtorno de ansiedade generalizada (TAG).
André Pereira – Dr. em psicologia pela UFRJ. Terapeuta cognitivo-comportamental e especialista em TAG.

20:00 – Novas abordagens em terapia cognitivo-comportamental : o uso da meditação e aceitação em psicoterapia (mindfulness)
Vitor Borges-Friary – Psicólogo. Mestre em Terapia cognitivo-comportamental pela London Metropolitan University com especialização em redução de estresse e enfermidades crônicas. Professor de Yoga e diretor do centro mindfulness de redução de estresse AtençãoPlena.

Organização : Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) do UCL

Inscrições gratuitas pelo email : apoio.academico@celsolisboa.edu.br (alunos da instituição podem fazer a inscrição pelo sistema acadêmico)
As palestras começarão pontualmente.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

50 anos de Psicologia no Brasil

cartaz FPSSP

Notícias 2012

50 anos de Psicologia: do cientificismo à defesa da dignidade humana

No dia 27 de agosto de 1962 foi aprovada a Lei 4.119, que regulamentou e reconheceu a Psicologia como profissão.  Naquele tempo, grande parte dos psicólogos se aproximava de uma perspectiva cientificista, positivista e individualizante da Psicologia. O olhar do psicólogo, naquele momento, se pretendia neutro e apolítico.
Neste caminho, no entanto, a Psicologia foi utilizada em práticas excludentes e elitistas, por vezes a serviço de projetos nacionais de desenvolvimento econômico. Por muito tempo, a dinâmica de funcionamento da sociedade e as implicações sociais e políticas das práticas em Psicologia foram questões ignoradas nos debates produzidos pela categoria.
Talvez por consequência desse fato, psicólogos chegaram a ser usados em sessões de tortura praticadas pelo Estado durante a ditadura civil-militar (1964-1985). É por esses anos que a Psicologia começa a se questionar e se reinventar, em consonância com as mobilizações pela redemocratização do país.
A importação de teorias psicológicas inadequadas à realidade brasileira e latinoamericana passou a ser fortemente criticada. Profissionais, pesquisadores, professores e estudantes acumularam experiências, enfrentaram os desafios encontrados no cotidiano de suas práticas e assimilaram demandas dos diversos segmentos da sociedade com os quais trabalhavam.
Pouco a pouco, consolidou-se uma Psicologia com projetos próprios de intervenção e popularização, em um país que precisava – e segue precisando – de transformações sociais urgentes. A defesa dos direitos humanos e do respeito incondicional à diversidade de pessoas, povos e culturas é absolutamente incorporada ao saber e ao fazer de psicólogas e psicólogos.
Hoje, graças ao pensamento e à luta de diversos profissionais, pesquisadores e militantes da área, a Psicologia é diversa e plural, sempre em diálogo com os contextos sociais em que está inserida. O CRP-RJ comemora esta nossa História e acredita que a caminhada prossegue rumo a outros horizontes, onde a vida humana será plenamente valorizada e as violências e silenciamentos produzidos em nossa sociedade serão apenas lembranças. Nesse dia, estaremos comemorando os passos que hoje estamos dando. 
27 de agosto de 2012
fonte: www.crprj.org.br

Parabéns!!!!

sábado, 4 de agosto de 2012

Sobre a prática do TCC no TOC

Cordioli recentemente apresentou Workshop em Floripa sobre TOC, dentro da formação da ACTC. Sempre claro, brilhante e simpático. Entre outras coisas mencionadas, falou-se sobre a retirada do Colecionismo para ser reconhecido como Transtorno Específico, no próximo DSM-V. 
Abaixo , segue link da prática da TCC no TOC.
http://www.ufrgs.br/toc/tcc.pdf

Fonte: Facebook: Terapia Cognitivo-Comportamental (NUNAP-RJ)

terça-feira, 31 de julho de 2012

Informações sobre a água que muitos não sabem (eu era uma)

I Jornada de Psicologia Hospitalar UCL


Um pouco de humor para começar bem o dia!!!!

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Oportunidades interessantes...vale dar uma olhada!!!!


OPORTUNIDADES


O Cento Social Missionário oferece vagas a comunidade:

SERVIÇOS: Psicólogo, fonoaudiólogo, fisioterapia, auriculoterapia, massoterapia e drenagem linfática.

CURSOS: Ensino Fundamental pelo SESI – RJ (1º ao 5º ano – Jovens e Adultos), primeiros socorros, artesanato, reciclagem e inglês.

CURSOS LIVRES: Noções básicas de segurança no trabalho, Primeiros socorros, brigadas de incêndio, trabalhos em altura, direção defensiva, cozinha industrial.

PROFISSIONALIZANTES: Informática, Telemarketing, atendimento ao cliente, técnico de vendas, rotinas administrativas, ACD (Atendente de Consultório Dentário)

Inscrição 1kg de alimento não perecível/ vagas limitadas
Rua Capitão Cruz, 700/714 – Telefones: 34598324 / 34893194 / 34893196
Visite nosso site:
www.campomissionario.com.br

quarta-feira, 18 de julho de 2012

X Jornada Sobre a Violência Contra Crianças: Teoria e Prática

Evento do qual minha querida ex- professora e orientadora Flaviany Ribeiro irá participar...
...cliquem na imagem para ver em tamanho original. 




Sou Psicóloga, muito prazer....


A Diferença entre Psiquiatra, Psicólogo e Psicanalista





O termo “psi”, bastante utilizado pelas pessoas, muitas vezes pode ser permeado de confusão quanto aos significados, principalmente quando se refere aos profissionais indicados por este termo: psiquiatra, psicólogo ou psicanalista.

O psiquiatra é um profissional da medicina que após ter concluído sua formação, opta pela especialização em psiquiatria. Esta é realizada em 2 ou 3 anos e abrange estudos em neurologia, psicofarmacologia e treinamento específico para diferentes modalidades de atendimento, tendo por objetivo tratar as doenças mentais. Ele é apto a prescrever medicamentos, habilidade não designada ao psicólogo. Em alguns casos, a psicoterapia e o tratamento psiquiátrico devem ser aliados.

O psicólogo tem formação superior em psicologia, ciência que estuda os processos mentais (sentimentos, pensamentos, razão) e o comportamento humano. O curso tem duração de 4 anos para o bacharelado e licenciatura e 5 anos para obtenção do título de psicólogo. No decorrer do curso a teoria é complementada por estágios supervisionados que habilitam o psicólogo a realizar psicodiagnóstico, psicoterapia, orientação, entre outras. Pode atuar no campo da psicologia clínica, escolar, social, do trabalho, entre outras.

O profissional pode optar por um curso de formação em uma abordagem teórica, como a gestalt-terapia, a psicanálise, a terapia cognitivo-comportamental.

O psicanalista é o profissional que possui uma formação em psicanálise, método terapêutico criado pelo médico austríaco Sigmund Freud, que consiste na interpretação dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginárias de uma pessoa, baseada nas associações livres e na transferência. Segundo a instituição formadora, o psicanalista pode ter formação em diferentes áreas de ensino superior.

Por Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola

segunda-feira, 2 de julho de 2012


Movimentos dos olhos revelam o que interessa aos autistas
Crianças diagnosticadas com o transtorno evitaram focar a atenção nas cenas que exibiam emoções humanas, durante experimento
 
© IGOR STEPOVIK/SHUTTERSTOCK
Quanto mais piscamos os olhos, menos estamos con­centrados em um estímulo visual. É o que mostram vários estudos que monitoram os movimentos oculares. Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Emory, na Geórgia, analisaram a frequência com que crian­ças autistas piscavam diante de diferentes imagens para tentar identificar seu grau de envolvimento com o ambiente ao redor e determinar se a movimentação ocular pode ser usada para o diagnóstico de graus mais leves do transtorno.

O pediatra Warren Jones Durante observou o compor­tamento de crianças entre 1 e 3 anos enquanto assistiam a vídeos. Segundo ele, as autistas piscaram mais diante de cenas que mostravam emoções humanas e mantiveram o olhar fixo quando eram exibidos objetos que mudavam de lugar ou se moviam de forma repetitiva. Desde bebês buscamos pistas de emoções em rostos, e é natural que as crianças acompanhem uma narrativa como se esperassem um resultado para o conflito em cena. Com as autistas isso não acontece. O desinteresse é comprovado pelas piscade­las constantes, o que sugere que não seguiam a linha emo­cional da história. A pesquisa foi divulgada na Proceedings of the National Academy of Sciences.

Fonte: 
http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/movimentos_dos_olhos_revelam_o_que_interessa_aos_autistas.html

Palavras cáusticas
Mais que piada ou inocente jogo de palavras, o sarcasmo pode ser compreendido como um recurso para substituir a agressão física
 
© DEEPGREEN/SHUTTERSTOCK
Não há uma única entonação de voz. Entretanto, existem alguns parâmetros, identificados por John Haiman, linguista do Macalester College de St. Paul, em Minnesota, e autor do livro Talk is cheap: sarcasm, alienation, and the evolution of language (Oxford, University Press; sem tradução em português), que servem para identificar o sarcasmo durante uma conversa. Dados como entonação, volume da voz, pausas, duração das palavras e ênfase dada a cada uma e, no caso de texto escrito, a pontuação oferecem pistas importantes.

Há alguns anos, Henry Cheang e Marc Pell, da Universidade McGill de Montreal, no Canadá, fizeram uma análise acústica e vocal de vozes gravadas durante discursos sinceros e sarcásticos. Eles constataram que nestes últimos se notam redução da velocidade do falar e presença de esquemas prosódicos peculiares (como o aumento de tempo para pronunciar algumas sílabas). Por exemplo, uma coisa é dizer “desculpa”, outra é pronunciar “descuuuulpa”, acentuando a letra “u”. Com a palavra “querida”, a extensão da letra “i” também é indicativa de algum exagero que pode beirar a falsidade.

Mas não são apenas o tom e o volume da voz que ajudam a identificar uma piada sarcástica. Segundo Haiman, que estudou o assunto a fundo, a expressão facial também pode ser reveladora. Muitas vezes a frase cortante é acompanhada por uma expressão de repulsa, um sinal primitivo de que as palavras ditas são falsas. A careta mostra que elas parecem ter “gosto ruim”. O mesmo vale para a expressão dos olhos e das sobrancelhas, que fazem movimentos típicos quando a pessoa usa o sarcasmo. Uma pesquisa da Universidade Politécnica da Califórnia demonstrou que quando alguém conta uma piada ou faz uma tirada com forte toque de ironia em geral evita olhar nos  olhos de sua “vítima”.


Fonte: 
http://www2.uol.com.br/vivermente/noticias/palavras_causticas.html

Vale para pensar sobre o Ato Médico!!!! Reflitam!!!

Cartão de visita da clínica GRM


Evento promovido pela ACT a ser realizado em setembro na UERJ

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Dúvidas Frequentes Sobre Abordagens de Terapia

   Após me formar, frequentemente me deparo com dúvidas sobre o que difere entre as abordagens de terapia e qual a finalidade das mesmas. Assim sendo, resolvi tentar, de forma bem simplificada, esclarecer tais dúvidas.
   Ao pensar em como fazê- lo, me peguei em uma comparação com as diferentes áreas médicas, uma vez que quando se tem uma anomalia na pele, normalmente procuramos um dermatologista ou, ao sentirmos dor de cabeça, buscamos um neurologista e assim por diante. Indo por esta ótica, podemos pensar nas abordagens no que se refere à Psicologia.
   É claro que não existe receita de bolo do tipo se estiver com a patologia tal procure um psicanalista ou um terapeuta cognitivo comportamental, porém é comum o encaminhamento de acordo com o tipo de abordagem mais eficaz para a determinada patologia.
   Outra dúvida comum é sobre a diferença entre psiquiatra e psicólogo, diferença esta vista de maneira bem estreita, já que o que de fato difere um profissional do outro de forma mais explícita, é que o psiquiatra pode fazer e o psicólogo não, é medicar.

terça-feira, 27 de março de 2012

Um pouco de Humor...

Fonte: www.momentopsi.com.br

Para que possamos proporcionar uma melhor educação aos nossos filhos...


Outra matéria extraído do jornal virtual Momento Psi...

Educação
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Comportamento é fruto da educação dada pelos pais desde o berço
Notícia Postada em: 29/02/2012
Por: Ricardo Santos
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As práticas educativas parentais desde o nascimento dos filhos são responsáveis, em noventa por cento dos casos, por comportamentos inadequados como o bullying e a indisciplina escolar, defende em livro o investigador e psicólogo Luís Maia, avança a agência Lusa.

“E Tudo começa no Berço”, é o título do livro a ser lançado esta segunda-feira, no qual o autor defende que é desde o nascimento da criança que se desenvolvem grande parte das suas características, positivas ou negativas.

“Perdoem-me pais, mas a culpa de muitos de nós não termos controlo sobre o comportamento dos nossos filhos, estou convencido, não é dos filhos, nem da sociedade: é nossa”, escreve o autor alertando para a necessidade de os pais estarem mais presentes na vida dos filhos.

Partindo de exemplos práticos, Luís Maia pretende demonstrar como a desresponsabilização dos membros familiares e educadores próximos das crianças e adolescentes apenas contribui para a acomodação a uma sociedade desumanizada.

Então haverá ou não uma relação entre o comportamento das crianças e a forma como são educadas desde bebés? Na opinião do psicólogo, baseada em 20 anos de prática clínica, essa relação é bem evidente e manifesta-se em 90 por cento dos casos.

“Na minha opinião cerca de 90% da responsabilidade do comportamento inadequado das crianças e adolescentes está sedeado nas práticas educativas nos primeiros dias e anos da criança”, disse em declarações à Lusa, adiantando que na maioria dos casos são os pais que precisam de ajuda para se reorientarem na educação dos seus filhos.

Luís Maia explica que nos milhares de casos que já atendeu, quando começa a investigar as causas dos comportamentos inadequados das crianças quer sejam de indisciplina escolar, de violência contra os pares ou de outras atitudes anti-sociais, na maioria das vezes os pais foram orientados percebendo que eram as suas práticas educativas que deveriam ser alteradas.

A má prática educativa, explicou, ocorre em todas classes socioeconómicas e mesmo em ambientes familiares normais quando por exemplo os pais se desautorizam em frente à criança, quando quebram rotinas ou quando delegam competências.

A sociedade, defende o autor em declarações à agência Lusa, desaprendeu a arte de educar os filhos e a comportarem-se em sociedade, delegando nas estruturas essa responsabilidade. Uma aposta que considera errada.

A educação desde o nascimento, diz, determina efectivamente o percurso de uma criança, porque "tudo começa no berço” à excepção de uma pequena minoria em que há de facto problemas no desenvolvimento ou distúrbios psicopatológicos.

O livro é baseado em vivências e casos reais, fruto da experiência do autor no acompanhamento de jovens e famílias.

Trata-se de um guia com informações dedicadas à boa aplicação da prática educativa, para pais, educadores, cuidadores, educadores de infância, professores dos mais variados níveis de ensino, psicopedagogos, psicólogos, técnicos de saúde mental, entre outros.


Fonte: http://www.rcmpharma.com 

Para ficarmos atentos... DSM 5


Em leitura pelo site momento psi, encontrei esta matéria que julgo ser de interesse geral.

DSM 5
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5º Manual de Estatísticas e Diagnósticos de Desordens Mentais
Notícia Postada em: 29/02/2012
Por: Ricardo Santos
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Você navega demais na internet? Brevemente, isso pode levado ao divã do psicanalista. A Associação Psiquiátrica Americana (APA) gerou controvérsia durante o lançamento de seu 5º Manual de Estatísticas e Diagnósticos de Desordens Mentais (DSM); considerado a “bíblia” dos sintomas psiquiátricos e da indústria da saúde mental nos EUA. Os oponentes alegam que a nova versão poderia estigmatizar condições como timidez extrema e, portanto, permitir a prescrição desnecessária de drogas psicotrópicas.
“É difícil ignorar a possibilidade de que o DSM-5 favorecerá os interesses da indústria farmacêutica”, disse Allen Frances da Duke University, à agência de notícias Reuters.
O DSM-5, como a nova edição é chamada, está agendado para ser lançado em maio de 2013 e poderá listar o “vício em internet” entre seus diagnósticos, entretanto, a APA informou que ainda está avaliando como abordar vícios não relacionados diretamente às drogas.
“O vício em jogos já mudou para essa categoria e existem outras desordens comportamentais, entre elas, o vício em internet, que serão consideradas como vícios propensos a ocupar essa categoria, conforme o acúmulo de informações resultantes de pesquisas”, informou a entidade em sua página eletrônica.
Especialistas afirmam que inúmeros diagnósticos novos são problemáticos, entre eles a “desordem desafiante opositora”.
“Isso indica basicamente crianças que dizem não a seus pais o tempo todo, mais que o frequente”, disse Pete Kinderman, do Instituto de Psicologia da Universidade de Liverpool, segundo a Reuters. “Conforme esse critério, muitos de nós diríamos que nossos filhos são mentalmente doentes”.
Pessoas que são excessivamente tímidas também poderiam ser diagnosticadas como doentes mentais, segundo as novas diretrizes, disse Kinderman.
David Elkins, presidente do Departamento Humanístico da Associação Americana de Psicologia, ajudar a lançar um abaixo assinado contra o novo manual que já acumulou mais de 11 mil assinaturas, segundo o canal de TV ABC News.
“A nossa principal preocupação é a introdução no manual de novas desordens que nunca foram consideradas DSM, antes de serem baseadas cientificamente”, disse ele.
“Não nos opomos ao uso de drogas psiquiátricas apropriadas quando resultam de diagnóstico real e crianças ou adultos necessitam de intervenções farmacêuticas”, acrescentou David. “Entretanto, nos preocupamos com crianças e idosos saudáveis que seriam diagnosticados com essas desordens e tratados com drogas psicotrópicas”.
“Nós achamos que isso poder ser muitíssimo perigoso”, concluiu ele.
O Dr. Allen Frances, que trabalhou na revisão do atual DSM-4, concorda que as mudanças propostas possam ser irresponsáveis.
“Você não quer inventar diagnósticos novos até que eles sejam provados de forma precisa, científica e tratados de forma efetiva para garantir a eficácia desses tratamentos”, disse ele, professor de psiquiatria da Duke University, segundo a ABC News. “Nenhum desses critérios são obedecidos no DSM-5”.

A Publicação da quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) está prevista para maio 2013 e irá marcar um dos eventos mais esperados no campo da saúde mental. Como parte do processo de desenvolvimento, as revisões anteprojetos aos atuais critérios para diagnósticos psiquiátricos já estão disponíveis para consulta públicano site: www.dsm5.org


Fonte: Leonardo Ferreira - http://www.brazilianvoice.com

Estresse infantil

ATENÇÃO: esta matéria foi retirada de um site e todos os créditos pertencem ao mesmo.
Fonte: www.istoe.com.br



Estresse infantil

Agenda cheia, reprovação dos pais, conflitos na escola. Pesquisas na área de neurociência e comportamento mostram como a exposição a fatores estressantes compromete o desenvolvimento das crianças e o que fazer para evitar danos futuros


Natação, inglês, equitação, tênis, futebol. É cada vez mais comum encontrar crianças que mal saíram da pré-escola e já cumprem agendas de “miniexecutivo”, com compromissos que se estendem ao longo do dia. A intenção dos pais ao submeter os filhos a essas rotinas é torná-los adultos superpreparados para o competitivo mundo moderno. O preço que se paga por tanto esforço, porém, pode ser alto. Ainda pequenas, essas crianças passam a apresentar um problema de gente grande, o estresse. “É uma troca que não vale a pena”, afirma o psicoterapeuta João Figueiró, um dos fundadores do Instituto Zero a Seis, instituição especializada na atenção à primeira infância. “Frequentemente essa rotina impõe à criança um sentimento de incompetência, pois lhe são atribuídas tarefas para as quais ela não está neurologicamente capacitada.” Como uma bomba-relógio prestes a explodir, o estresse infantil tem ganhado status de problema de saúde pública. Nos Estados Unidos, por exemplo, a Academia Americana de Pediatria publicou, em dezembro, novas diretrizes para ajudar os médicos a identificar e tratar esse mal. O risco dessa exposição, alertam os cientistas, são danos que vão bem além da infância, como a propensão a doenças coronarianas, diabetes, uso de drogas e depressão. 

Dos poucos estudos brasileiros sobre estresse infantil, se destaca um levantamento realizado pela pesquisadora Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association no Brasil (Isma-BR). A pesquisa, feita com 220 crianças entre 7 e 12 anos nas cidades de Porto Alegre e São Paulo, revelou que oito a cada dez casos em que os pais buscam ajuda profissional para seus filhos por causa de alterações de comportamento têm sua origem no estresse. “O estresse é uma reação natural do nosso corpo, o problema é esse estímulo atingir níveis muitos altos ou se prolongar por longos períodos”, diz Ana Maria.

Para ajudar pais e profissionais de saúde a identificar quando há risco, cientistas do Centro de Desenvolvimento da Criança da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, propuseram uma divisão: o estresse positivo, aquele em que há pouca elevação dos hormônios e por pouco tempo; o tolerável, caracterizado pela reação temporária e que pode ser contornada quando a criança recebe ajuda; e o tóxico, o que deve ser combatido, ligado à estimulação prolongada do organismo, sem que a criança tenha alguém que a ajude a lidar com a situação. “A origem pode estar em episódios corriqueiros que gerem frustração ou aflição frequentemente, como brigas na escola ou com familiares, ou em situações únicas, mas com impacto muito grande, como a morte inesperada de alguém próximo, abuso sexual ou acidente”, esclarece Christian Kristensen, coordenador do programa de pós-graduação em psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Quando exposto a quantidades muito grandes dos hormônios do estresse, o organismo sofre uma espécie de intoxicação. Cai a imunidade, deixando a pessoa mais exposta a infecções, há uma interferência nos hormônios do crescimento e até mesmo o amadurecimento de partes essenciais do cérebro, como o córtex pré-frontal, é afetado. “Essa região é responsável pelo controle das funções cognitivas, como a capacidade de moderar a impulsividade e a tomada de decisões”, explica o neurocientista Antônio Pereira, do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

SINAIS
Uma professora alertou Liliana para a dificuldade do filho Rafael em ler os enunciados.
No médico, descobriu-se o porquê: o garoto tem ansiedade e déficit de atenção
Mas o que tem tirado as crianças do eixo tão prematuramente? No estudo realizado pelo Isma-BR, em primeiro lugar aparecem a crítica e a desaprovação dos pais, seguidas pelo excesso de atividades, o bullying e os conflitos familiares. Esse último fator mereceu atenção especial em uma pesquisa realizada na Universidade de Rochester, nos Estados Unidos. E o resultado comprovou uma suspeita antiga. “Em nosso estudo demonstramos que o ambiente estressante está associado à ocorrência mais frequente de doenças nas crianças”, disse à ISTOÉ a pediatra Mary Caserta, coordenadora do trabalho, que envolveu 169 crianças entre 5 e 10 anos. Muitas vezes, os pais nem desconfiam que a enfermidade do filho pode ter raízes no estresse. “Passa tão batido que às vezes a criança é medicada de modo errado”, diz Marilda Lipp, diretora do Centro Psicológico de Controle do Stress e professora da PUC-Campinas. Encontrar reações físicas intensas, mas sem nenhuma doença de fundo não é mais novidade para os médicos. “Cefaleias e dores abdominais causadas por estresse são as queixas mais comuns”, diz Ricardo Halpern, presidente do departamento de comportamento e desenvolvimento da Sociedade Brasileira de Pediatria. 

Outro perfil que se tornou comum nos consultórios é o da criança estressada pela superproteção dos pais. São os “reizinhos mandões”, como apelidou a psicopedagoga Edith Rubinstein. “Esses meninos e meninas têm muita voz dentro de casa e dificuldade de lidar com o esforço”, diz a especialista. Não deixar a criança aprender a contornar situações difíceis é extremamente prejudicial. Isso porque uma característica importante para evitar os quadros de estresse tóxico é justamente a resiliência – a capacidade de a pessoa se adaptar e sair de situações adversas. “Quando a criança é sempre tirada pelos pais do apuro, ela não desenvolve essa habilidade e se torna mais suscetível ao estresse”, diz a psicanalista infantil Ana Olmos. 

Com a evolução científica, o que se tem constatado é que não só no comportamento as reações ao estresse são distintas. Estudando um grupo de 210 crianças de 2 anos, pesquisadores da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, notaram que comportamentos diferentes estão associados a níveis distintos de cortisol no sangue. Os pequenos voluntários foram divididos em dois grupos: as “pombas” (crianças cautelosas e dóceis) ou os “falcões” (atrevidas e assertivas). Enquanto as “pombas” apresentavam uma elevação abrupta na quantidade de cortisol circulando na corrente sanguínea quando expostas a situações estressantes, nos “falcões” a concentração desse hormônio permanecia praticamente inalterada. E isso trazia consequências diversas para os dois grupos: “pombas” demonstraram mais chances de desenvolver depressão e ansiedade. Já os “falcões” estavam mais suscetíveis a comportamentos de risco, hiperatividade e déficit de atenção. “É importante reconhecer essas diferenças para intervir”, disse à ISTOÉ Melissa Sturge-Apple, coautora da pesquisa.
MÉTODO
Edmara de Lima coordena os professores e funcionários da Prima Escola
Montessori para diagnosticar as mudanças emocionais dos alunos
“O estresse é um fator de risco importante para a grande maioria das doenças mentais”, diz Guilherme Polanczyk, do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo. “E seu efeito sobre o organismo é bem maior em sistemas menos maduros, como o das crianças.” Prova disso foram os dados apresentados por pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. A exposição à violência, ainda que moderada, foi capaz de gerar modificações no comportamento em 90% das 160 crianças entre 4 e 6 anos analisadas no estudo. As principais alterações eram pesadelos, voltar a fazer xixi na cama e a chupar o dedo. Em um terço dos pequenos voluntários, a consequência foi mais grave: ocorreram crises de asma, alergias e déficit de atenção ou hiperatividade. E 20% deles desenvolveram transtorno do estresse pós-traumático. “Quanto mais estresse na infância, maior a chance de se ter alterações físicas e psicológicas quando adulto”, disse à ISTOÉ Sandra Graham-Bermann, autora da pesquisa.

Foi após dois eventos estressores que a menina R., 14 anos, desenvolveu o transtorno obsessivo compulsivo (TOC). Na mesma semana, em 2009, ela viu o som do carro da mãe ser roubado e o pai escapar, por pouco, da tragédia no voo 3054 da TAM (que se chocou contra um hangar do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, matando todos a bordo). Depois dos sustos, começou a manifestar manias de repetição. “O ritual de repetição me deixa muito ansiosa e me abate muito”, diz a menina. “Para os pacientes de TOC, a própria doença é considerada estresse crônico”, avalia o psiquiatra Eduardo Aliende Perin, membro do Consórcio Brasileiro de Pesquisa em TOC.
RECOMEÇO 
Em Realengo, o desafio é apagar da memória de alunos, funcionários e
pais a experiência negativa de ver estudantes mortos dentro da sala de aula
Estresse e transtornos mentais também vêm juntos quando falta diagnóstico. Foi o que ocorreu com o psiquiatra Jorge Simeão, 38 anos. Sem saber o que tinha, ele sofreu durante toda a sua adolescência e juventude. Muitos o consideravam um rapaz distraído, que não se preocupava com os outros. Foi preciso se formar na faculdade como médico psiquiatra para Simeão finalmente descobrir que os traços de comportamento que o acompanhavam não eram uma falha de caráter, mas uma alteração no funcionamento do seu cérebro. Ele tem transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). “O esforço que precisava fazer para me concentrar e a falta de compreensão de colegas me geraram uma tensão muito forte, a vida toda.” Histórias como a de Simeão são bem mais comuns do que se imagina. Pelos cálculos da Organização Mundial da Saúde, uma em cada cinco crianças tem alguma desordem psiquiátrica e a grande maioria leva anos até receber o diagnóstico. A mais comum, de acordo com pesquisas do Instituto Nacional de Saúde Mental dos Estados Unidos, é a ansiedade, presente em 8% dos meninos e meninas abaixo dos 18 anos. Em seguida, aparecem a depressão (7,8%), os distúrbios de conduta (5,6%) e o TDAH (5%).
ATENÇÃO
Várias crianças atendidas pelo psiquiatra Guilherme Polanczyk
apresentam estresse como sintoma de um transtorno mais grave
Ainda há poucas ações voltadas para a saúde mental infantil, mas algumas já demonstram bons resultados. Edmara de Lima, coordenadora pedagógica da Prima Escola Montessori, em São Paulo, orienta uma dessas. “Observamos as crianças sob três ângulos: primeiro analisamos o corpo, se ela enxerga e fala bem e se está com os hormônios em níveis adequados. Depois analisamos a inteligência, se está adequada à idade. Por último vemos as questões emocionais.” No Rio, o neurologista do comportamento Alexandre Ghelman ajusta os últimos detalhes para iniciar, no próximo semestre, um trabalho com alunos do terceiro ano do ensino médio para evitar a tensão, em especial a gerada pelo vestibular. “Vamos ensinar-lhes técnicas para que lidem melhor com as situações estressantes”, diz Ghelman. Entre as lições, os jovens vão aprender como identificar o que os tira do sério, quais são os sentimentos que os dominam nessa hora e como relaxar diante dos fatores estressores. A escola tem mesmo muito que contribuir. Foi graças ao alerta de uma professora que a editora gráfica Liliana Franco, 48 anos, levou o filho Rafael, então com sete anos, ao médico. “Ela me disse que ele estava lendo só a primeira linha dos enunciados das perguntas antes de responder às questões”, afirma Liliana. No psiquiatra, se descobriu que Rafael tem TDAH e ansiedade. Com o treino cognitivo-comportamental e o tratamento medicamentoso, porém, o garoto, hoje com 15 anos, conseguiu reverter vários sintomas e se prepara para prestar vestibular.

Nem todos, porém, têm a sorte de receber um diagnóstico precoce. Daí advêm as complicações. “Podemos fazer um paralelo entre os transtornos mentais e a diabete. Em ambos, você não vai curar a pessoa, mas quanto mais cedo é a intervenção, maiores as chances de reduzir seus impactos”, avalia o psiquiatra Christian Kieling. “A lacuna entre quem tem algum transtorno mental e aqueles que recebem o atendimento especializado é muito grande”, avalia Dévora Kestel, assessora regional de Saúde Mental da Organização Panamericana de Saúde (Opas). No Brasil, o governo federal planeja os primeiros passos. “Estamos começando a pensar uma política integrada entre os ministérios para cuidar da saúde mental na infância”, informou Paulo Bonilho, coordenador nacional de Saúde da Criança do Ministério da Saúde. Medida mais que necessária para desarmar a bomba-relógio do estresse infantil.
NCOMPREENSÃO
Sem um diagnóstico, o psiquiatra Jorge Simeão cresceu sob a tensão de
não conseguir ser “normal” como os outros. A dificuldade em se lembrar
de coisas e o esforço para se concentrar eram constantes fontes de estresse
Massacre traumático
Até um ano atrás, um estudante armado invadir um colégio e atirar contra seus colegas era algo distante do imaginário brasileiro. A cena era usualmente associada a alguma tragédia americana – país que concentra 70% de ataques desse tipo. Desde 7 de abril de 2011, porém, o Brasil passou a integrar essa estatística. Wellington de Oliveira, ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, invadiu o colégio e disparou contra alunos e funcionários, deixando 12 mortos. “É preciso atenção após tragédias, pois elas são importantes gatilhos para os transtornos mentais, em especial o do estresse pós-traumático”, avalia Fábio Barbirato, chefe do setor de psiquiatria da infância e adolescência da Santa Casa do Rio. Por isso, desde o massacre há um esforço coletivo para apagar essas marcas. No atendimento psicológico, que se iniciou no dia seguinte ao incidente, já passaram 90 crianças e 100 adultos. Cerca de metade deles segue em tratamento. Caíque, um menino de 3 anos que perdeu a tia Jéssika Guedes no massacre, ficou durante muito tempo perguntando quando a jovem voltaria para a casa. “Ele perguntava para quem ia à escola se Jéssika estava lá.” Com apoio psicológico, está aos poucos assimilando que a tia não voltará mais. Como ele, várias crianças e famílias ainda sofrem com a tragédia. “Pode demorar anos para esses efeitos negativos serem contornados”, disse à ISTOÉ o psiquiatra Timothy Brewerton, um dos responsáveis pelo atendimento às vítimas do massacre de Columbine, ocorrido em uma escola americana em 1999. Para ele, à medida que se aproxima o marco de um ano da tragédia, é preciso mais cuidado. “A efeméride é uma espécie de gatilho para novas reações emocionais.”
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